Espaço reservado para falar sobre diversos tipos de cervejas existentes no mundo, ou como costumo dizer, à descoberta de um mundo além da Brahma. Não sou nenhum degustador profissional, sou apenas uma pessoa comum que descobriu uma nova paixão. Uma opinião de leigo para leigos, indo direto ao ponto, dizendo basicamente qual a sensação em "bebenciar" um tipo de cerveja diferente. Pura diversão, e como tal, não pode ser chata.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Degustação # 112: Lucifer
Nome: Lucifer Het Anker
País: Bélgica
Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Teor alcoólico: 8%
Conteúdo: 750 ml (garrafa)
Copo sugerido: Tulipa
Avaliação: 3/5
É você, Satanás?
Não se assutem pelo nome, lá vem mais uma cerveja belga. Eles tem a mania de colocar esses nome nas malvadas, a Duvel (demônio, em flamenco) é uma de minhas prediletas. A intenção era fazer uma degustação comparativa com a Deus, mas deu uma vontade de celebrar algo com esta antes.
A Bélgica não é o país da cerveja, e sim o paraíso delas. Esta honra o estilo a qual representa.
Frutada, forte, mas ao mesmo tempo suave. Quando menos se percebe, o coração está cheio de amor para dar.
Essas cervejas belga são realmente um perigo. Acho que é por isso que as aprecio tanto. Não é uma cerveja aromática, o propósito dela é instigar o paladar; este é desafiado com uma carbonatação alta, o que prejudica um pouco a beberagem.
Mas, como disse, o coração já está cheio de amor, e não é isso que toda cerveja deveria proporcionar?
Um banquete para os sentidos (poucos entenderão).
Degustação # 111: Bamberg Rauchbier
Nome: Bamberg Rauchbier
País: Brasil
Estilo: Rauchbier
Teor alcoólico: 5,2%
Conteúdo: 600 ml (garrafa)
Copo sugerido: Tulipa
Avaliação: 4/5
Cerveja que representa um estilo criado na Alemanha, é uma cerveja forte e escura, de aroma defumado, e uma bela coloração amarronzada. Completando o conjunto uma espuma duradoura.
O sabor segue o aroma. Bem defumada, chegando a lembrar bacon. Por isso, é uma cerveja perfeita para se acompanhar um bom churrasco. Sozinha, ela causa certa estranheza, pois não é do tipo que se bebe para refrescar, por exemplo. Ainda bem que optei para a primeira opção. Mesmo assim, é uma cerveja de sabor marcante.
PS: ela foi eleita, em 2010, como uma das melhores cervejas do mundo! Isso mostra o quanto as cervejas brasileiras estão cada vez mais, conquistando um espaço entre as melhores do mundo.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Degustação # 110: Samuel Adams Boston Lager
Nome: Samuel Adams Boston Lager
País: Estados Unidos
Estilo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,9%
Conteúdo: 355 ml (garrafa)
Copo sugerido: Lager
Avaliação: 4/5
Referência no estilo. Tão boa, que não resta muita coisa pra se falar.
Uma excelente lager ao estilo americano. Refrescante, de sabor inicialmente maltado, para no final despejar um caminhão de lúpulo. Boa formação de espuma, que retêm seu excelente aroma.
Excelente conjunto, em uma das cervejas mais completas que se pode conhecer.
Degustação # 109: Hook Norton Old Hooky
Nome: Hook Norton Old Hooky
País: Inglaterra
Estilo: English Brown Ale
Teor alcoólico: 4,6%
Conteúdo: 500 ml (garrafa)
Copo sugerido: Pint
Avaliação: 4/5
Eu sou um fã confesso das cervejas inglesas, e com esta não poderia deixar de ser diferente.Ainda mais com o slogan que estampa o rótulo desta: "onde o progresso é medido em pints"... esta aqui logo diz a que veio. Coloração ferrugem, a espuma se formou lindamente no copo, e o sabor frutado com um empolgante amargor ao final dão conta do recado.
Mais uma vez, trata-se de paixão ao primeiro gole. Uma cerveja encorpada, apesar de médio teor alcoólico, frutada e saborosa. A degustação foi tão boa, que nem percebi, já tinha matado a garrafa. Ficou um gosto de quero mais.
Tão logo chegou, já deixou saudade.
Degustação # 108: 1906 Reserva Especial
Nome: 1906 Reserva Especial
País: Espanha
Estilo: Vienna Lager
Teor alcoólico: 6,5%
Conteúdo: 330 ml (lata)
Copo sugerido: Flauta
Avaliação: 2/5
Cerveja dourada cuja predominância é o malte, resquício das cervejas que eu havia reservado para degustar no último fim de semana, e que no calorão do dia, caiu razoavelmente bem.
Pouca evidência de lúpulo, mas bem gelada pode se dizer que não foi das piores, embora o teor de álcool não esteja lá muito bem inserido. Se entra para o hall da fama, eu não sei... para se beber, na falta de coisa melhor.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Degustação # 107: Red Stripe
Nome: Red Stripe
País: Jamaica
Estilo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,7%
Conteúdo: 710 ml (garrafa)
Copo sugerido: Pilsner
Avaliação: 2/5
A Jamaica é uma terra mais conhecida por Bob Marley (rs), e nunca pela cerveja. No caso desta lager, tem mais de 80 anos de tradição, e o que faz desta breja tão especial é a sua simpática embalagem, que até parece uma garrafa de remédio. Neste quesito, não tem igual. Talvez por isso ela esteja na livro 1001 cervejas para se beber, antes de morrer.
Não é uma cerveja que impressiona. Suave, refrescante, mas que não traz muitos desafios ao paladar. Senti um gosto de milho, fora que deu uma pequena dor de cabeça no final, e eu não gosto de cervejas assim.
Sem muitos atrativos, deve ser degustada bem gelada, em qualquer dia que faça calor senegalês (ou caribenho). Aí sim, ela faz todo sentido.
Degustação # 106: Mestre das Poções - Poção do Rubor da Menina
Nome: Mestre das Poções - Poção do Rubor da Menina
País: Brasil
Estilo: Red Ale
Teor alcoólico: 5 a 7%
Conteúdo: 600 ml (garrafa)
Copo sugerido: Caldereta
Avaliação: 2/5
Cerveja feita de maneira artezanal, da cidade de Araras/SP, que tem como principal mote uma certa aura mística. Cada cerveja é produzida dentro de um período do zodíaco, e é limitada. O exemplar degustado é de número 3, de um lote de 112 garrafas.
Logo de cara, um aroma e sabor de pão são as primeiras impressões que vêm aos sentidos. Neste caso, seria recomendável que a breja fosse acompanhada de algum petisco. Sozinha, como foi degustada, ficou um tanto enjoativa.
Não filtrada, possui corpo interessante, embora o gosto de fermento tenha me incomodado um pouco. No fim das contas é uma cerveja suave, com especiarias ao fundo. Foi boa de se conhecer, embora não possa recomendá-la para o gosto comum.
Na busca do hedonismo cervejístico, é um prazer colocá-la na lista de cervejas degustadas.
Degustação # 105: Estrella Galicia
Nome: Estrella Galicia
País: Espanha
Estilo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,7%
Conteúdo: 330 ml (lata)
Copo sugerido: Pislner/ Lager
Avaliação: 1/5
Cerveja sem muitos atrativos, poderia até ser uma lager comum, mas consegue ser bem ruinzinha. Uma referência imbatível ao estilo é a Heineken, daí dara para se perceber o drama que foi beber esta cerveja.
Sabor seco demais, e um final metalizado, me fizeram dar esta nota tão baixa. Perde de goleada das nossas premiuns.
Não recomendo.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Degustação # 104: Eisenbahn Strong Golden Ale
Nome: Eisenbahn Strong Golden Ale
País: Brasil
Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Teor alcoólico: 8,5%
Conteúdo: 355 ml (garrafa)
Copo sugerido: Tulipa
Avaliação: 3/5
Mais um clássico desta cervejaria de Blumenau, desta vez homenageando o estilo belga de se fazer cerveja.
Alcoólica e perfumada, é uma cervja que carrega consigo o espírito das cervejas belgas. Sabor picante e cítrico, pouco lupulada, é uma cerveja extremamente fácil de ser bebida, mas recomenda-se moderação no consumo, pois seu sabor é bastante adocicado, o que pode enganar os sentidos enquanto se bebe. Mas não quando se levanta. É uma excelente opção para se conhecer o estilo, já que o custo benefício compensa e muito a experiência.
Degustação # 103: Guinness Special Export
Nome: Guinness Special Export
País: Irlanda
Estilo: Foreign Extra Stout
Teor alcoólico: 8%
Conteúdo: 330 ml (garrafa)
Copo sugerido: Pint
Avaliação: 4/5
Versão turbinada da clássica Guinness Draught ( # 26), com nada mais, nada menos do que o dobro de álcool; criada para o mercado belga, é conhecida também como "Guinness Belga".
Todas as qualidades da sua irmã mais velha, potencializadas, porém o álcool é bem inserido, e como toda cerveja belga, é perigosa de se beber. Justamente por ser uma cerveja perfeitamente "Bebíbel". Notas de chocolate amargo e café completam o conjunto da obra desta breja, que foi com enorme prazer que esta degustação foi feita.
Degustação # 102: Falke Estrada Real IPA
Nome: Falke Estrada Real IPA
País: Brasil
Estilo: India Pale Ale
Teor alcoólico: 7,5%
Conteúdo: 600 ml (garrafa)
Copo sugerido: Caldereta/ Taça
Avaliação: 4/5
Sempre tive um grande problema com esta cerveja: não conseguia encontrá-la em lugar algum! Tornou-se, desde então, em um dos itens mais cobiçados. Cheguei a pensar que sua existência fosse uma lenda.
E eis que, finalmente consegui me apoderar de um exemplar desta tão bem falada cerveja mineira, e agora chegou o momento de degustá-la.
A espera não foi em vão; trata-se de uma grande cerveja, e que valeu a pena toda a espera e expectativa.
É uma bela cerveja, equilibrada, saborosa e que não decepciona; a cada gole, ela vai se mostrando cada vez mais deliciosa, e nem se sente o seu teor de álcool; desce fácil, e por isso é uma cerveja perigosa. Aromática, com todos os ingredientes encaixados de maneira certa, perfeita para ser bebida em dias quentes. As cervejas da escola inglesa tem se mostrado as minhas favoritas, e esta mineirinha aqui é uma belíssima homenagem ao estilo.
Bebi em tempo recorde; refrescante, bem lupulada, em conjunto com o malte. Vai para a lista de prediletas da casa.
Recomendo de olhos fechados.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Degustação # 101: Eisenbahn Weizenbier
Nome: Eisenbahn Weizenbier
País: Brasil
Estilo: German Weizen
Teor alcoólico: 4,8%
Conteúdo: 355 ml (garrafa)
Copo ideal: Weizen
Avaliação: 3/5
Blumenau chamando novamente! Agora em versão trigo, mais uma da já histórica cervejaria nacional a ser degustada.
É uma das que tem que ser bebidas, se encontrar, e desde já uma de minhas prediletas da marca. Trata-se de uma boa cerveja de trigo, com todas as boas qualidades encontradas nas alemãs, com a vantagem do custo/ benefício ser bem mais vantajoso.
Refrescante, é uma ótima opção para um dia quente. Cesta básica.
Degustação # 100!!!: Colorado Ithaca
Nome: Colorado Ithaca
País: Brasil
Estilo: Imperial Stout
Teor alcoólico: 10,5%
Conteúdo: 600 ml (garrafa)
Copo ideal: Tulipa/ Cálice (Conhaque)
Avaliação: 4/5
Enfim, a degustação de número cem chegou! E como não poderia deixar de ser, com uma excelente cerveja. A minha escolha anterior havia sido a lendária belga Deus, mas no dia em que encontrei esta belezura na estante, tinha que ser ela.
Trata-se de uma edição limitada, e hoje cada vez mais rara de se encontrar, da famosa cervejaria de Ribeirão Preto (SP). Uma cerveja que, graças a nossa burocracia, demorou muito tempo para estar disponível. O seu primeiro nome deveria ser Vintage Black Rapadura, mas primeiramente não deixaram que fosse utilizado o nome Rapadura, depois o Vintage... longa história, que no fim das contas, acabou fazendo bem.
É um outro nível de degustação; o tipo de cerveja que, a cada gole, fica melhor. O meu tipo preferido. Como eu sou do tipo impaciente, poderia esperar ainda mais para a degustá-la. Mas é a minha centésima degustação!!!
Lacrada com cera, é preciso aquecer, para abrí-la. Quando se abre, logo vem um cheiro de lúpulo e rapadura... mais brasileira, impossível. O sabor é marcante, robusto com tinha que ser; chocolate bem amargo, café, lúpulo a medida e álcool bem inserido, belo corpo, e para finalizar, o toque brasileiro, que foi a adição de rapadura queimada, fazem desta cerveja uma degustação mais do que digna, e agradeço aos céus por tê-la encontrado. Obrigado, Senhor Jesus!
Para aqueles que curtem uma cerveja estupidamente gelada, pode até parecer uma heresia o que estou dizendo, mas esta belezinha aqui merece ser degustada não muito gelada (entre 9 e 12 graus), e é claro, à medida em que a degustação avança, e a temperatura aumenta ela vai se transformando em um verdadeiro néctar divino. Quanta divagação... acreditem, é difícil escrever, enquanto se sorve este precioso líquido. Talvez seja por conta dos seus 10,5 de teor alcoólico, que dão um belo aquecimento ao corpo. Não à toa, esta é uma cerveja recomendada para ser consumida no inverno.
Jamais direi onde encontrei esta cerveja, até porque preciso de mais um exemplar para deixá-lo amadurecer no meu "corredor da morte", que é o lugar onde carinhosamente apelidei as cervejas que estão na fila.
Degustação # 99: Cerveja da Oficina 318 Pilsen
Nome: Cerveja da Oficina 318 Pilsen
País: Brasil
Estilo: Pilsen
Teor alcoólico: 4,5%
Copo ideal: Pilsner/ Caneca
Avaliação: 3/5
Degustada em: 22/02/12
Depois de dez longos dias, eis que surge a oportunidade de degustar oficialmente a pilsen feita pelo meu amigo Marcos Camargo, em sua Cerveja da Oficina.
Quase foi a número 100, mas devido ao calorão desta Quarta-feira de cinzas, foi a escolhida para aplacar a sede, e foi sim, uma boa escolha.
Cerveja artesanal, que ao abrí-la, veio uma boa coloração amarela, aroma de pão, e uma boa carbonatação. Saborosa como uma boa pilsen tem que ser, mas que teve que ser bebida rapidamente, pois logo a exuberância da sua carbonatação perdeu rapidamente o seu gás, mas como eu já estava quase no fim dela, não pode-se considerar um grande pecado.
Acredito que vocês ainda vão ouvir falar muito bem das cerveja preparadas com dedicação paternal pelo Marcão.
Degustação # 98: Sauber Beer Brown Ale
Nome: Sauber Beer Brown Ale
País: Brasil
Estilo: English Brown Ale
Teor alcoólico: 5,7%
Conteúdo: 355 ml (garrafa)
Copo ideal: Pint/ Caldereta/ Taça
Avaliação: 3/5
Degustada em: 17/02/12
Mais uma boa cerveja vinda de Mogi Mirim, interior de São Paulo. Esta é uma boa representante do estilo, e como eu adoro o estilo das cervejas de origem inglesa, esta degustação veio bem a calhar.
Com aroma de lúpulo e café, coloração marrom escura, esta cerveja não decepcionou nos quesitos paladar. Gosto de café amargo, chocolate, malte torrado e bem lupulada e álcool perceptível somente ao final. Bom equilívrio.
Pena que só tinha uma.
Degustação # 97: Früh Kölsch
Nome: Früh Kölsch
País: Alemanha
Estilo: Kölsch
Teor alcoólico: 4,8%
Conteúdo: 500 ml
Copo ideal: Tulipa/ Cilíndrico
Avaliação: 3/5
Primeira degustação do estilo Kölsch, que é originário da cidade alemã de Colônia. É uma cerveja extremamante leve, refrescante e que combina com o nosso calorão. A degustação não foi nada contemplativa, e sim goela abaixo. É uma cerveja que deve ser consumida fresca, logo não é de ficar guardada na geladeira por muito tempo.
Cristalina, aroma e sabor suave, realmente cumpriu sua missão de matar a sede no verão.
Por ser a primeira do estilo, vou aproveitar que ainda estamos no verão para conhecer outras opções do estilo, inclusive as nacionais que existem.
Degustação # 96: 1795
Nome: 1795
País: República Tcheca
Estilo: Bohemian Pilsener
Teor alcoólico: 4,7%
Conteúdo: 500 ml (garrafa)
Copo ideal: Caneca/ Pilsner
Avaliação: 3/5
Dia de muito calor, não dá para pensar, em cerveja melhor, do que uma pilsen. Ainda mais de origem da nação das pilsen. Esta é mais um exemplo característico do estilo.
Devidas as circunstâncias de degustação, foi facílima de ser bebida. Não foi, em nenhum momento, uma degustação contemplativa, muito pelo contrário; desceu fácil, como beber água.
Leve, e menos lupulada, é uma ótima apresentação ao estilo Bohemian Pilsener.
Assinar:
Comentários (Atom)

















































